domingo, 13 de abril de 2008

Blood and Sand: Uma Combinação Invulgar

Antes de falar do cocktail deste post, acho que devo uma explicação acerca da demora dos últimos dois posts. É que infelizmente sofro de falta de sentido estético, e por isso recorro a uma especialista em tudo o que tenha a ver com imagem neste blog, que nem sempre está disponível. Ou seja não é minha culpa a demora destes últimos posts, e espero que os próximos sejam mais rápidos, ainda que com fotos piores.
Para o cocktails desta semana quis experimentar algo novo e invulgar, que não tivesse grandes complicações. Comecei por folhear o livro do Dale DeGroff, “The Craft of The Cocktail”, e não demorei muito a encontrar uma bebida que me chamasse a atenção (está por ordem alfabética, e só cheguei aos B’s). De facto, depois de ver os ingredientes, concordei com a opinião do Dale DeGroff de que eram misturas a mais, mas ele refere que depois de experimentar, acabou por gostar. Eu desconfiei, mas decidi experimentar com a ideia de que se não gostasse, podia usar aqui no blog como exemplo dum cocktail a não fazer.
Gostei o suficiente do cocktail para que, da próxima vez que tiver convidados cá por casa, vão servir de cobaias. È um cocktail nem muito doce nem acido, não muito forte, bom para ir bebendo nas tardes de Verão que se aproximam, sem medo de exagerar no álcool.
Só uma nota em relação aos ingredientes, algumas fontes referem “cherry brandy” como ingrediente, enquanto que outras referem “Heering Cherry Liqueur”, que embora tenha licor no nome, se define como um “cherry brandy”. Visto que não tenho nenhum “cherry brandy” em casa, usei o português Licor de Ginja, que é uma adaptação, não sei se abusiva, talvez quando experimentar um “cherry brandy” mude de ideias. Até lá, se alguém se quiser queixar do uso dos produtos nacionais em vez do referido na receita original, estejam á vontade de usar os comentários.
Blood and Sand

3/4 oz de whisky Scotch
3/4 oz Vermute Tinto
3/4 oz Licor de Ginja
3/4 oz sumo de Laranja

Agitar (shake) todos os ingredientes com gelo,
Servir num copo de cocktail.

1 comentário:

Boavida disse...

Se a curiosidade matou o gato, só espero ter as mesmas sete vidas.
Isto de não ter bebidas que vários autores referem como sendo insubstituíveis aguça a minha curiosidade ao ponto de não ter conseguido resistir, e num passeio por algumas garrafeiras, lá consegui encontrar o Heering Cherry Liquor. Tem um sabor bem mais complexo, forte, não tão doce, fruto não só de ter um maior teor alcoólico, mas também por a matéria-prima ser diferente.
A ser comparado com a nossa Ginjinha, só mesmo com as melhores Ginjas de Òbidos disponíveis no mercado.
No meu passeio descobri também que o Heering Cherry Liquor é uma das bebidas preferidas do Miguel Esteves Cardoso. Não posso dizer que a informação seja fidedigna, mas isto também é só um blog... E sendo verdade ou não, é sempre interessante incluir um pouco de trivialidade nestes posts.