quarta-feira, 30 de julho de 2008

Venham experimentar!!

Peço desculpa aos ainda pouco assíduos leitores deste blog, mas tenho andado sem tempo para escrever porque estou ocupado a preparar o menu do Specchio. Para quem ainda não sabe, vou estar este sábado, dia 2, a partir das 23h no Specchio a servir cocktails, com a música a cargo de Miss Avillix e DJ Richard.
O local é um restaurante que tem uma bela esplanada, ideal para este pequeno evento que vai conciliar boa musica e bons cocktails. As bebidas vão estar a um preço bastante acessível e o local é óptimo para início de noite.
Para quem ainda não conhece e se queira juntar á festa, o Specchio fica Rua Fradesso da Silveira, nº 4, loja 7, em Lisboa, no empreendimento Alcântara Rio, entre o Maria Lisboa (antigo Fama) e o Café Café. Apareçam!!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Salty Dog: Simplicidade a mais

Normalmente, nos jantares cá em casa, é mais o tempo que passo a fazer cocktails do que a falar com convidados. Daí a minha busca por cocktails simples, que se adeqúem ao verão quente que estamos a ter. Infelizmente, acho que desta vez fui longe demais.
Tenho andado a experimentar com sumo de toranja rosa, para me afastar dos cocktails doces que costumam ser um sucesso, mas que acabam sempre por fazer ainda mais sede. O Salty Dog é muito parecido com o habitual vodka com laranja, também conhecido como Screwdriver, utilizando gin em vez de vodka, e sumo de toranja rosa em vez de laranja. O único pormenor que achei que poderia dar algum interesse á bebida era a borda do copo ter sal (rimming). Não foi suficiente…
É realmente refrescante, mas falta-lhe alguma profundidade ou complexidade de sabor. Ainda assim achei que era uma boa ideia deixar aqui um post sobre o Salty Dog, para que ficasse claro que nem todos os cocktails precisam de ter muitos ingredientes, ou de usar marcas impossíveis de encontrar. Salty Dog

2 oz. de Gin
5 oz. de sumo de toranja rosa

Preparar um copo alto, molhando a borda com sumo de limão e passando-a por sal grosso (rimming),
Encher o copo com gelo, e juntar os ingredientes,
Mexer com uma colher e servir.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Brandied Cherries: Um pouco de culinária

Não sei se já deu para perceber, mas vejo os garnishes simplesmente como enfeites. Poucos acrescentam o que quer que seja ao sabor. Alguns ainda ajudam com um aroma que acentua os sabores. A maior parte são só para dar um aspecto mais apelativo…
O visual dum cocktail é importante, afinal nós comemos primeiro com os olhos e só depois com a boca e é comum ver-se pedir uma bebida “como aquela que vimos passar”. O facto de eu não lhes dar muita importância é simplesmente uma questão de gosto pessoal. Ainda assim, se vamos enfeitar um cocktail, devemos ser tão exigentes com os enfeites como com todos os outros ingredientes dum cocktail.
Em algumas bebidas que aqui apresentei tive de usar ginjas de “maraschino” falsas, cheias de corantes, conservantes e sabores artificiais. Finalmente decidi-me a fazer as minhas próprias, seguindo as instruções que encontrei aqui, que foram adaptadas daqui e ainda li alguma informação adicional aqui e aqui, só para ter a certeza que não me falhava nada.
Desta vez usei cerejas frescas porque... ficam melhor na fotografia. Ainda tenho de experimentar com ginjas e com cerejas desidratadas, a ver qual é que tem o melhor sabor. Deixo aqui a receita, para quem quiser deixar de comer corantes e conservantes. Em cocktails, são um óptimo acrescento para os meus Old Fashioned ou Manhattan.Brandied Cherries

500 gramas Cerejas, sem caroço (eu deixei com caroço)
7 cl de Brandy (usei um Brandy Croft)
2 colheres de sopa de Açúcar
6 cl de Água
1,5 cl sumo de Limão
1 pau de Canela

Juntar o açúcar, a água, o sumo de limão e o pau de canela num tacho médio.
Quando ferver, junta as cerejas e deixa em lume brando durante 5 minutos.
Tira-as do lume, junta o brandy e mexe com uma colher.
Deixar arrefecer antes de pôr num frasco, e guardar no frigorífico.

Nota: As medidas foram adaptadas para métricas, não foi uma conversão exacta. Quando se trata de líquidos, as onças servem perfeitamente. Quando se começa a usar sólidos, e as receitas estão em chávenas, prefiro adaptar para gramas e centilitros.

Parabéns, Filipa!!

sábado, 19 de julho de 2008

Tart Gin Cooler: Vamos simplificar

Estes dias quentes de verão fazem-nos querer bebidas refrescantes. Depois de procurar um pouco decidi experimentar um Tart Gin Cooler. Não temos muito o hábito de usar sumo de toranja (grapefruit), neste caso rosa, como refresco, mas parece que do outro lado do oceano é bastante comum.
Este refresco é realmente indicado para um dia na esplanada, seja na praia ou no campo.
Só uma nota, novamente sobre as traduções. Estes refrescos usam copos altos e largos, com uma capacidade de cerca de 12 oz. Infelizmente a nomenclatura é tudo menos consistente, entre collins, pint ou highball, a única certeza que tenho é que pelo menos um deles é mais alto que os outros. O problema é que normalmente a nomenclatura varia de mixologista para mixologista. No Cocktails.pt, assumam que é um copo alto, de 33 cl / 10 oz. e que o formato tem mais a ver com o aspecto na fotografia, do que com a capacidade.

Tart Gin Cooler

2 oz. de Gin (na receita original London Dry)
2 oz de sumo de toranja rosa
3 oz. de agua tónica (usei Frize Limão, gosto mais)
2 gotas (dashes) de Peychaud's bitters

Adicionar os ingredientes num copo alto, cheio de gelo,
Mexer com uma colher (stir).
Servir sem enfeite (garnish).

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Bloody Mary: Apenas para ressacas

Andava a pensar fazer um Bloody Mary desde que encontrei sumo de tomate da Compal, porque tinha alguma curiosidade. O problema é que descobri que realmente não gosto de sumo de tomate. É possível que não tenha usado as quantidades certas ou mesmo os ingredientes correctos, mas é muito difícil que alguma variação ingredientes ou quantidades ultrapasse o obstáculo de não gostar de sumo de tomate.
Agora, para curar uma ressaca, percebo perfeitamente o efeito, e aconselho vivamente. É mais uma daquelas receitas para juntar às mezinhas da avó. Há alguns anos atrás esta receita teria me dado bastante jeito, hoje é apenas um cocktail que dificilmente voltarei a fazer.
Bloody Mary

1 ½ oz. de Vodka
1 pitada de sal e pimenta preta
2 gotas (dashes) de molho inglês (Worcestershire)
4 gotas (dashes) de molho picante ou Tabasco
¼ oz. de sumo de Limão
4 oz. de sumo de Tomate (usei da Compal, mas aconselho usarem acabado de espremer)

Misturar os ingredientes com gelo no shaker e agitar (shake),
Servir (strain) num copo de “pint”, cheio de gelo.
Enfeitar (garnish) com aipo (parece que é tradicional).

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Champanhe Henriot

Ontem, a convite da Associação de Escansões de Portugal (AEP), fui a uma prova de champanhes da casa Henriot. Nunca imaginei que um champanhe pudesse ser tão complexo no seu sabor!
Com um estilo muito próprio, o Champagne Henriot é marcado por um sabor elegante e aveludado. É o que diz na propaganda e depois de experimentar, subscrevo. O Brut, o Blanc e o Rose são muito bons, mas o Cuvée dês Enchanteleurs 1990 é brutal. Toda a gente deve beber um champanhe destes pelo menos uma vez na vida.
Antes de jantar, ainda tive tempo de passar pelo Cinco Lounge e trocar umas impressões com o Dave Palethorpe sobre cocktails em Portugal, enquanto bebia um Old Fashioned com Four Roses e Licor 43. Tenho que ser humilde e dizer que realmente estava bastante melhor que os meus. Ficou prometido para uma próxima vez a versão com Maker's Mark.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Mudslide: A tirania dos clientes

Este foi um cocktail que encontrei inicialmente enquanto navegava em sites de receitas e que experimentei sem achar nada de especial. Infelizmente dei a experimentar a alguns amigos e desde então, sempre que cá vêm a casa, obrigam-me a voltar a fazer este Mudslide.
Embora eu ache esta bebida algo simplista, é fácil de agradar ao gosto português. Sabe a um galão ligeiramente alcoólico e bastante doce.
Normalmente uso Tia Maria como licor de café mas tenho andado à procura de Kahlua para ver se a diferença vale a pena, embora tenha algumas duvidas visto que ambos são da mesma empresa, Pernod Ricard. Agora estou experimentar os licores do Sr. Sousa, uma marca nacional, e devo dizer que a complexidade do licor de café do Sr. Sousa ajuda este cocktail a ultrapassar o simplesmente mediano.
Mudslide

2 oz. de Vodka
1 oz. de Baileys
1 oz. de Licor de Café
1 oz. de Natas

Preparar um copo de cocktails, enchendo-o com gelo e água ou deixando-o refrescar no frigorífico ou congelador.
Misturar os ingredientes com gelo no shaker e agitar (shake),
Servir no copo de cocktail, sem gelo (strain).

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Jornal de Vinhos.com

Ontem tive a oportunidade de ir à apresentação do jornaldevinhos.com a convite do Marco Moreira da Silva, director e principal face deste projecto, cuja a ideia base reside num “jornal de informação especializada orientado por critérios de rigor e criatividade editorial”, nas palavras do Marco.
Tenho a certeza que, cumprindo com estes critérios, este será um jornal que todos os interessados no vinho, desde o mais profissional até ao mais amador, terão interesse em apoiar.
Da minha parte aqui ficam os meus votos de boa sorte.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Negrini: Um Negroni diferente

Há já algum tempo que ando a experimentar com o Martini Rosato, sem conseguir fazer um cocktail que me agrade. A garrafa já está a acabar e só agora consegui fazer este Negrini.
Com um vermute tão doce e com tanto sabor como o Rosato é difícil conseguir um equilíbrio com bebidas puras, seja gin, vodka ou whisky.
O Negroni é uma bebida que surpreende pelo seu equilíbrio, ao usar partes iguais de vermute tinto (italiano), Campari e gin. O sabor do Campari pareceu-me ser o ideal para contrabalançar o Rosato. Infelizmente, sem mais nada, o Rosato e o Campari simplesmente chocam, sem se conseguirem realmente combinar.
Só quando juntei umas gotas de bitters de laranja é que o gin conseguiu sobressair e servir de aliança entre o Campari e o Rosato. Talvez com Peychaud's bitters também fique bem…
Espero que gostem deste Negrini, uma ligeira variação do Negroni, que já era uma variação dum Americano. Negrini

1 oz. de Gin
1 oz. de Campari
1 oz. de vermute rose (existe mais algum sem ser o Martini?)
2 gotas (dashes) de Regans’ Orange Bitters N.º6

Construir (build) o cocktail num copo “rocks”, cheio de gelo, deitando os ingredientes, independentemente da ordem. Antes de servir ao cliente, mexer com uma colher (stir) até se formar condensação no exterior do copo.
Enfeitar (garnish) com uma tira de casca de laranja, cortada sobre o copo.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Estamos no Verão!!!

Acho que me tenho esforçado demasiado para pôr aqui o máximo de cocktails!
Posso ir escrevendo uns posts sem virem acompanhados de uma nova receita. Principalmente porque tenho ido a umas actividades não necessariamente dedicadas a cocktails, mas que melhoram os conhecimentos de ingredientes.
Em primeiro lugar o Dia do Vinho, que se realizou no dia 28 de Junho, nas galerias do Terreiro do Paço. Esta organização da ViniPortugal e da Essência do Vinho conseguiu encher as instalações de interessados no vinho português. Eu gostei principalmente das formações/provas de vinhos e aguardentes, que me ajudaram a conhecer uma variedade bastante grande de bebidas. O espectáculo de culinária, com o Vítor Sobral, também deu para aprender uns truques novos na cozinha.
Também fiz algumas visitas ao blog The Whisky Scape Society e à loja Whisky & Co. para provar alguns whiskies bourbon, como por exemplo o Blanton's. Devo dizer que é a única loja em Lisboa onde encontrei Maker's Mark e Woodford Reserve, duas grandes escolhas para fazer um Old Fashioned ou um Bourbon Renewal. Tenho andado a namorar uma garrafa de Sazerac Rye para os meus Sazerac’s…
Descobri também um blog português, Cocktails & Mistura Fina, da região do Algarve, talvez um pouco mais leve do que este, com mais vídeos e muito mais posts. Só tenho pena que dediquem tantos posts a malabarismos com garrafas (flair)… Fica aqui a referencia, para quem quiser ir visitar.

Já agora, alguém reparou no visual de verão do Cocktails.pt?

Não se esqueçam de votar no Super Bock Super Blog Awards

terça-feira, 8 de julho de 2008

Daiquiri: Simplicidade cubana

Para terminar este curto ciclo temos o Daiquiri, um cocktail cubano que vive simplesmente do equilíbrio dos ingredientes, rum, sumo de lima e xarope de açúcar.
Este equilibrar dos diversos ingredientes é onde reside a verdadeira arte do mixologista. A minha principal dificuldade com este cocktail foi que quando comecei a experimentar com diferentes quantidades e diferentes rácios de xarope de açúcar, as primeiras experiências não correram bem, e acabei por ficar decepcionado com este cocktail.
Embora nunca tenha conseguido encontrar um equilíbrio que me agradasse, apresento aqui aquele que considero ter todos os sabores, sem nenhum se sobrepor ou destacar em demasia.
Em relação à história deste cocktail, embora a origem seja desconhecida, o seu mais famoso apreciador era Ernest Hemingway. Entre os romances, a escrita e alguma espionagem, Hemingway era um grande bebedor e apreciador de cocktails. Já agora, a partir do momento que alguém ganha um Nobel da literatura, deixa de ser bêbado para passar a ser bebedor.
Todas as bebidas cubanas, e não só, usam Hemingway para se promover, mas o Daiquiri tem a especificidade de ter uma variação conhecida como Papa Double ou Hemingway Daiquiri, original do El Floridita, de Cuba. Acho que ficará para uma outra altura, para quando conseguir encontrar um licor de Marrasquino que me satisfaça.

Daiquiri

2 oz. de Rum
1 oz. de sumo de Lima
½ oz. de xarope de Açúcar

Preparar um copo de cocktails, enchendo-o com gelo e água ou deixando-o refrescar no frigorífico ou congelador.
Misturar os ingredientes com gelo no shaker e agitar (shake),Servir no copo de cocktail, sem gelo (strain).
Enfeitar com uma fina rodela de lima, a flutuar no cocktail.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mojito: Continuando em Cuba

Continuando com o tema cubano, temos o Mojito. Conhecida como a bebida do Hemingway na La Bodeguita del Medio, em Havana, este é mais um exemplo como as histórias que envolvem as origens dos cocktails se confundem com factos. Mas vamos deixar a história para um próximo post.
Um cocktails refrescante, bastante simples de fazer, apenas com a complicação de encontrar folhas de menta ou hortelã-pimenta, que normalmente não estão disponíveis nos supermercados de bairro. Considerando que a hortelã-pimenta é considerada mais erva daninha do que planta, não devia ser assim tão difícil, mas em Portugal não temos muito o hábito de usar hortelã-pimenta na cozinha.
Eu acabei por comprar uma planta de menta. Depois de um mês a ver se a planta se aguentava, acho que já tenho ramos suficientes para começar a utilizar folhas de menta nos meus cocktails.
Ao que parece, menta e hortelã-pimenta são plantas diferentes, embora da mesma família. Nos cocktails nota-se uma ligeira diferença de sabor, mas visualmente parecem-me exactamente iguais.
Só algumas notas em relação á receita, um Mojito é uma daquelas bebidas que os bares costumam servir encharcadas em água com gás para encher o copo. A minha sugestão é que arranjem copos mais pequenos. O gelo partido ou picado é o suficiente para diluir o cocktail, não precisa de água com gás.
Também a quantidade de xarope de açúcar deve ser acertada a gosto, vi receitas com uma onça (oz.) de xarope de açúcar, que é claramente demais, até receitas com uma colher de chá, que me pareceu insuficiente.
O esmagar das folhas de menta deve ser suave, não é preciso desfazê-las para elas soltarem o sabor. Um ligeiro esmagar mais o choque com as pedras de gelo enquanto se agita é o suficiente para soltar o sabor de menta. O esmagar em exagero acaba por soltar sabores acre que não ajudam em nada o sabor dum Mojito.
Mojito

2 oz. de Rum
¾ oz. de sumo de Lima
½ oz. de xarope de açúcar
6 a 8 folhas de menta

Juntar as folhas de menta, xarope de açúcar e sumo de lima acabado de espremer num copo de mistura, e esmagar (muddle) suavemente.
Misturar o rum, encher com gelo e agitar (shake).
Servir, passando por um coador (double strain), num copo de “rocks” cheio de gelo picado ou partido.
Enfeitar (garnish) com o final dum ramo de menta.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cuba Libre: Um clássico revolucionário

Entre experiências com novos ingredientes, provas de whisky, de vinho e de aguardentes, para além de alguma falta de inspiração, tenho tido alguma dificuldade de escolher cocktails para divulgar.
Este Cuba Livre, simplesmente Coca-Cola e rum, com algumas de gotas de sumo de limão, é uma boa solução para aproveitar os finais de tarde de Verão que estamos a começar a ter.
Uma bebida própria dos revolucionários cubanos, tem uma conotação também revolucionária em Portugal, pois só depois do 25 de Abril tivemos acesso a Coca-Cola, ingrediente indispensável e insubstituível para fazer este cocktail. Bacardi é um bom rum para esta bebida, embora “perverta” o espírito revolucionário ao usar um rum americano num cocktail cubano. Uma nota final, na foto o copo está enfeitado com um quarto de lima por uma questão estética, eu prefiro com uma rodela de limão.
Cuba Libre

2 oz. de Rum Cubano (eu usei Bacardi Superior)
Coca-Cola

Construir (build) o cocktail num copo “rocks”, cheio de gelo, deitando o rum e depois a Coca-Cola.
Enfeitar com um quarto de lima ou uma rodela de limão, para o cliente poder espremer no cocktail.